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Ruptura do Manguito Rotador

Introdução

A articulação do ombro é uma das mais complexas do corpo humano. O seu design elegante, dá ao ombro grande variedade de movimento articular mas pouca estabilidade. Enquanto todas as peças estão em boas condições de funcionamento, o ombro pode mover-se livremente e sem dor. Seu design nos permite alcançar e utilizar as nossas mãos em muitas posições diferentes.

Os tendões do manguito rotador são fundamentais para o funcionamento normal do ombro. Eles estão sujeitos a desgaste ou degeneração toda vez que usamos nossos braços. A ruptura dos tendões do manguito rotador é uma lesão especialmente dolorosa. Esta ruptura (ou rasgado) do manguito rotador cria um ombro fraco e doloroso. Este quadro pode ocorrer em qualquer idade mas é mais comum em pacientes acima dos 40 anos.

Este guia vai ajudar você a entender

  • O que é o manguito rotador
  • Como ele rompe
  • Qual é o tratamento

Anatomia

- O que é o manguito rotador e o que ele faz?

O ombro é formado por três ossos: a escápula (omoplata), o úmero (osso do braço) e a clavícula. O manguito rotador liga o úmero à escápula. O manguito rotador é formado pelos tendões dos quatro músculos: o supra-espinhal, infra-espinhal, redondo menor e subescapular.

Tendões tem como função anexar os músculos aos ossos para que os músculos movimente as articulações e ossos. O manguito rotador ajuda a levantar e girar o braço. Quando levantamos o braço, o manguito rotador também mantém o úmero firmemente junto a glenóide. A parte superior da escápula que compõe o teto do ombro é chamado o acrômio.

A bursa (ou bolsa serosa) está localizado entre o acrômio e os tendões do manguito rotador. A bursa é um saco de tecido lubrificado que reduz o atrito entre duas estruturas. Bursas estão localizados por todo o corpo onde os tecidos devem esfregar uns contra os outros. Neste, a bursa está entre os tendões do manguito rotador e o teto do ombro, o acrômio.

Causas

Os tendões do manguito rotador são estruturas que apresentam normalmente pouco fornecimento de sangue. Quanto maior o fornecimento de sangue um tecido tem, melhor e mais rapidamente ele pode reparar e manter-se. As áreas baixo suprimento sangüíneo do manguito rotador tornam estes tendões especialmente vulneráveis à degeneração e ao envelhecimento.

A degeneração comum ao envelhecimento ajuda a explicar por que a ruptura do manguito rotador é uma lesão comum, quanto mais idoso é o paciente. Rupturas do manguito rotador ocorrem geralmente em áreas do tendão que havia baixo fornecimento de sangue e foram ainda mais enfraquecidas pela degeneração normal da idade.

Esta degeneração pode ser acelerada pelos movimentos repetitivos do ombro. Isso pode acontecer com os atletas "arremessadores", muito estudado nos Estados Unidos pelos arremessadores do beisebol. Mas até mesmo fazendo tarefas rotineiras como a limpeza de janelas, lavar e encerar carros, ou a pintura pode causar fadiga do manguito rotador pelo excesso de uso.

Força excessiva também pode rasgar os tendões do manguito rotador. Esta força pode vir de tentar pegar um objeto pesado caindo ou levantar um objeto muito pesado com o braço estendido. A força também pode ser de uma queda diretamente sobre o ombro. Normalmente as rupturas por desgaste do manguito rotador são dolorosas, mas às vezes eles ficam assintomáticas. Pesquisadores estimam que cerca de 40% das pessoas acima dos 50 anos apresentam rupturas do manguito rotador, mas a grande maioria é assimtomática.

Sintomas

Rupturas do manguito rotador podem causar dor e fraqueza no ombro afetado. Em alguns casos, rupturas pequenas são dolorosas mas o paciente não apresenta nenhum déficit funcional ou perda de força muscular. Já as rupturas maiores normalmente apresentam algum grau de fraqueza e dificuldade para elevar o braço.

A maioria das lesões do manguito rotator causam uma dor vaga na zona do ombro, geralmente tipo queimação com irradiação para região lateral do braço. Algumas pessoas não apresentam sequer dor no ombro, e sim uma dor na região lateral do braço. Eles também podem causar uma sensação de travar quando você mover seu braço. Muitas vezes a dor piora a noite.

Diagnóstico

O diagnóstico inicia com uma história clínica detalhada e exame físico.

Seu médico pode solicitar raios-X para procurar um acrômio anormal ou esporões ósseos e para ajudar no chamado diagnóstico diferencial. A ressonância magnética (RM) ou a ultrassonografia (US) podem ser realizadas se o seu médico suspeitar de uma ruptura dos tendões do manguito rotador. A ressonância magnética é um exame de imagem especial que usa ondas magnéticas para criar imagens que mostram os tecidos do ombro em fatias. A ressonância magnética mostra tendões, bem como os ossos. A ressonância magnética é indolor e não necessita de agulhas, entretanto é um exame de alto custo, portanto será realizado situações bem difinidas pelo seu médico.

Em alguns casos é difícil definir se a dor é proveniente do ombro ou de uma doença na coluna cervical. Uma injeção de um anestésico local (como lidocaína) na bursa pode confirmar se a dor é, de facto, vinda do ombro. Se a dor vai embora imediatamente após a injeção, então a bolsa é a fonte mais provável da dor. Dor proveniente de uma compressão nervosa na cervical, quase certamente não vão embora depois de uma injecção no ombro. Mas lembre-se, este é um método invasivo de auxílio diagnóstico e será realizado apenas por médico com grande conhecimento da anatomia local e em apenas casos bem indicados, com consentimento do paciente, e não nunca um método de rotina para o diagnóstico.

Tratamento

- Tratamento não-cirúrgico

A ruptura do manguito rotador não significa obrigatoriamente a necessidade de cirurgia. Sempre iniciamos com o tratamento conservador. Podem ser prescritos medicamentos antiinflamatórios. Repouso da articulação e gelo (ou calor local, dependendo de cada caso) sobre o ombro também podem aliviar a dor e inflamação. Se a dor não vai embora, uma injeção de cortisona no espaço subacromial pode ajudar. A cortisona é uma medicação forte que a dor diminui e reduz a inflamação. Os efeitos da cortisona são temporários, mas muitas vezes podem ser prolongados por vários meses. Importante lembrar que este é um medicamento corticóide e apesar da infiltração ser local com pouca circulação do medicamento, este medicamento deve ser usado com critérios pelo médico assistente.

Seu médico também pode prescrever sessões com um fisioterapeuta. Seu terapeuta irá utilizar vários métodos de tratamento para aliviar a inflamação, incluindo calor e gelo. Após estas medidas anti-inflamatórias (como ultrassom, infra-vermelho) o terapeuta irá realizar atividades de alongamento para ajudar a restaurar a amplitude de movimento do ombro. Após uma melhora da inflamação e dor e depois do ganho da amplitude de movimento, o fisioterapeuta irá iniciar com exercícios ativos para ganho e fortaleciemnto dos músculos do manguito rotador, desta forma melhora a coordenação no manguito rotador permitindo o movimento do úmero na glenóide sem comprimir os tendões ou bolsa sob o acrômio. Você pode precisar de tratamentos fisioterápico por até quatro a seis semanas antes que você comece o movimento completo e melhore a função do ombro.

- Cirurgia

A lesão completa do manguito rotador não cicatriza sem cirurgia. Rupturas completas geralmente requerem cirurgia se o seu objetivo é voltar o seu ombro à função normal. A exceção é em pacientes idosos ou pacientes que têm outras doenças que aumentam os riscos da cirurgia.

Certos tipos de ruptura parcial do manguito rotador podem não exigir reparo cirúrgico. Se você tiver uma ruptura parcial, o cirurgião provavelmente irá realizar um acompanhamento e tratamento fisioterápico para determinar a evolução desta lesão.

- Reparo Artroscópico

No passado, a reparação dos tendões do manguito rotador geralmente necessária uma incisão de três ou quatro centímetros de comprimento. Hoje em dia com o advento da artroscopia a grande maioria das lesões podem ser reparadas com apenas 3 pequenas incisões (chamados portais), sem necessidade de corte.

É por meio destes portais (furinhos) que introduzimos o artroscópio (uma cãmera especial) e os demais instrumentos para realizar a cirurgia.

A cirurgia artroscópica consiste em avaliar toda a articulação do ombro, retirar a bursa inflamada, retirar restos de tendões degenerados e reparar o tendão. Para tal, utilizamos âncoras.

Âncoras são pequenos parafusos com fios na ponta que permitem manter o tendão fixado ao osso enquanto ele cicatriza.

Bursite de Ombro

As bursas sinoviais são pequenas estruturas saculares, envolvidas por uma membrana sinovial. A sua finalidade é facilitar o deslizamento dos músculos ou tendões sobre ossos ou superfícies ligamentares. Sobre o tendão do manguito rotador do ombro encontra-se a grande bursa subacromial. A parte externa designa-se por “bursa subdeltoideia”, pois situa-se debaixo do músculo deltóide. A bursa subacromial facilita o movimento entre a tuberosidade maior do úmero, onde se inserem o supra-espinhoso, o infra-espinhoso e o redondo menor e o acrómio, durante a abdução do braço, movimento este que pode provocar a sua compressão.

A inflamação da bursa subacromial manifesta-se por um quadro agudo, caracterizado por dores intensas ao nível do ombro, podendo irradiar à região cervical, ao braço e inclusive ao antebraço e dedos, acompanhando-se de uma incapacidade funcional. O exame radiográfico pode mostrar com freqüência áreas de calcificação. No ultrasom visualizam-se areas de processo inflamatorio e pode ter calcificações locais.

O tratamento para a bursite no ombro é feito com o uso de anti-inflamatórios e analgesicos. A fisioterapia para aliviar a dor e promover a recuperação é necessária, como também repouso da parte afetada pelo processo inflamatório, colocando a tipóia para evitar irritação contínua da bursa. Contudo, uma imobilização completa e prolongada pode levar à aderência de tecido vizinho, enfraquecimento do tecido e alteração na cartilagem articular. Devem ser utilizadas técnicas leves (movimentos passivos) de mobilização articular na articulação gleno-umeral dentro do limite da dor e exercícios pendulares. A infiltração local de anestésicos e corticóides geralmente dão bons resultados clínicos.





Resp. Técnico
Dr. Sandro Cabral Teixeira Lemos
CRM 30586


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